![]() INSTANTES DE LUCIDEZ
A solidão... Dos olhos teus, emitem raios Sorrateiros, traiçoeiros... Inspirados pelo interesse... Transpassados por tantos medos... Inundados na perfídia... De promessas, filhas do acaso... Olhar que se faz sentir por fisgadas Envaidecido em si mesmo Caminha sonolento... Nesta cegueira intolerável Sem saber o que quer... E para onde seguir... Com todo este cortejo de desejos Jogo de cruel Sedução... Nascido do amor egoísta, indiferente... Mas por um instante... De possível lucidez... Pode-se perceber, que entorno Tudo era mistério... Nesta trilha seguia isolada Cavavam-se abismos à frente Ardiam fogueiras ao lado... Fulguravam olhos na bruma E os ecos davam gargalhadas Ia caminhando solitária... Sobre o leito das estradas Sem virtude, nem pecado Nem esperança nenhuma... Ninguém precedia os meus passos, Ninguém avançava ao meu lado, Ninguém me seguia as pegadas Só eu caminhava isolada! E ao longe dentro da bruma, Havia tantos olhos molhados, Havia tantos olhos perdidos, Que eu nem mais reconhecia E assim desvanecia-se... O teu Egoísta olhar de Adeus!...
ALICE PINTO
escribalice
Enviado por escribalice em 01/11/2010
Alterado em 02/11/2010 Copyright © 2010. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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