A cena chama a atenção...
Mesmo d'aquela pessoa...
Distraída, apressada...
Sem tempo de parar...

Situações rotineiras...
Aparentemente hilárias
De pouca importância...
Toma um vulto faraônico
Por breve instante tudo para...

A velhinha esquece a bengala
Corre desesperada rua a fora...
A criança chora sem parar
Perde os pais de vista...
Que em meio à multidão...
Vai espiar o que se passa lá...

Todos correm n’um bloco só
No meio a euforia desesperada
Uma mulher grávida desmaia...
E pálida cai ao chão...

Trânsito interrompido...
Uma confusão de enlouquecer
O casal de enamorados abandona
O beijo apaixonado...
Sai a galope para ver...

O comércio para...
Como no popular se diz...
A desordem é geral
Algumas carolas enraivecidas
Resmungam enciumadas...
Pois a inveja ali faz morada...

Um grupo de jovens...
Revolucionários por natureza
Cantam na cadência
De retumbante alegria...
A beleza magistral...
Deste momento...
Excêntrico e singular...

Eis que em meio à praça...
De um centro movimento...
Plasma a surpresa do inusitado...

Revela a beleza das formas...
E a mais linda expressão...
Que por aquelas bandas já se viu...

Uma linda mulher...
De olhar angelical...
Performance escultural
Lindamente adornada...
Com flores do campo...
Expõe seu corpo nu...
Que desliza...
Na tela do artista...
Gênio da pintura...
Neste momento...
De profundo êxtase...
Silêncio e  Criação!!!
  

Maria Alice Pinto
Noite de 14/06/2009
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