O QUE MORRE E O QUE NÃO MORRE... Dizer que não deveríamos recear a morte é tão inútil quanto a dizer que não devemos ser ego ístas. Como dizer ao ego para não ser egoísta? Suprimir o medo da morte fortalece-a ainda mais.... O que na verdade importa é apenas saber, sem qualquer sombra de dúvida, que “eu” e todas as outras“coisas”agora presentes desaparece remos, e sabê-lo a um ponto tal que este conhe cimento nos obrigue a soltá-las; sabê-lo agora, tão seguramente quanto o saberíamos se tivés semos acabado de cair no abismo do Grand Canyon. Assim diz Zé Estevão da Paraíba em seus signi ficativos versos: Eu nasci das águas salgadas chamas imensas em meu encalço outrora dragão do nada em terra firme pisei em falso. Na realidade, você já foi jogado para um preci pício no momento em que nasceu, e de nada serve agarrar-se ás pedras que estão caindo junto.Se você tem medo da morte, então tenha mesmo... A questão é aceitá-lo, deixar apossar-se de nós o medo, os fantasmas, as dores, a transi ção, a dissolução e todo o resto.E, então, tere mos até aí, a inacreditável surpresa: Não morremos, porque nunca nascemos. Apenas tínhamos esquecido quem somos! Alice Pinto 17/03/2011 INTERAÇÃO DE ZÉ ESTEVÃO DA PARAÍBA COM O SEU BELÌSSIMO POEMA DE N. 10 sou filho da mãe e do pai filho da terra e do sal sou filho da água e do sol sou vento e calmaria sou filho da lua e da luz filho do fogo e do ar sou filho do lago e do mar sou rio em agonia sou a gota d’água que da folha cai grão de areia na praia a poeira do deserto cabra desgarrada sou o silêncio do mar morto frigideira queimada sou filho da mãe e do pai... da mãe me lembro mais! Zé Estevão da Paraíba INTERAÇÃO DO ESCRITOR J ESTANISLAU FILHO COM SEUS POEMAS QUE NOS CONVIDAM A SIGNIFICA TIVAS REFLEXÕES, SEMPRE... Eu sou peixe fora d'água réptil em conluio desvairado perdi amores por mágoas caminho em direção ao nada... J Estanislau Filho escribalice
Enviado por escribalice em 18/03/2011
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